quarta-feira, 1 de abril de 2009

Anuário Futebol Mundial 2008/09


"Estou feliz por ver um sonho realizado e contente por uma obra tão rica aparecer em Portugal. É um documento fantástico, de enorme valor, que resulta de uma pesquisa exaustiva e que demonstra a dedicação ao futebol por parte do autor. Trata-se de uma obra que tem um largo campo de interesse. Para mim, como treinador, é uma ferramenta de consulta extremamente útil, como também não tenho dúvidas de que o será para os diversos agentes desportivos - clubes, treinadores, jogadores, jornalistas e adeptos -, que passam a ter em mãos um vasto documento com informação organizada sobre os intervenientes dos principais campeonatos".PAULO SOUSA

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Futebol de Xadrez

Tive conhecimento sobre a empresa Lundens Spirit, de jogos educativos bem interessantes entre eles Futebol de Xadrez.







regras dos Jogos:Futebol de Xadrez (PDF)

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Candidatura ao Mundial 2018

Portugal e Espanha estão realmente juntos na candidatura para o Campeonato do Mundo de Futebol de 2018 e vão apresentar a proposta para a FIFA no próximo dia 2 de fevereiro. O acordo foi assinado nesta Segunda-feira (dia 19), em Lisboa, pelos presidentes das duas federações nacionais, depois que os principais líderes de governo deram o aval, José Sócrates por Portugal, Rodriguez Zapatero pela Espanha.
Segue-se agora um longo processo que termina em Dezembro de 2010, quando a FIFA anunciar os nomes dos países organizadores dos Mundiais de 2018 e 2022. Isto porque a FIFA abriu concurso para dois campeonatos, sem distinção. Ou seja, quem concorre a 2018 está a candidatar-se também a 2022. Mas tudo indica que o Mundial 2018 será realizado na Europa, depois de África do Sul 2010 e Brasil 2014. Deste modo, e mesmo tendo já caído o princípio da rotatividade formal entre continentes, é entendimento comum que o Mundial 2018 acontecerá na Europa.
Os dois presidentes escusaram-se a falar sobre questões logísticas ou como será feita a repartição de cidade e estádios. Essa tarefa fica a cargo de uma comissão conjunta – o comité de candidatura – que irá ser formada dentro em breve. Uma certeza ficou expressa: em caso de sucesso da candidatura ibérica, haver apenas um Comité Organizador, e não dois, como aconteceu na Coreia/Japão
Se a candidatura conjunta de Portugal e Espanha for aprovada pela FIFA, os dois países têm muito a ganhar. Pelo menos é isso o que imaginam as autoridades locais.
Portugal conta com oito estádios construídos para o Euro 2004, mas um problema é que nenhum deles tem capacidade para os 75 mil espectadores sentados que a FIFA exige para o jogo inaugural ou a final do Campeonato do Mundo. Os portugueses também sonham alavancar definitivamente o futebol no país e iniciar um intercâmbio com clubes poderosos, como Villarreal, Real Madrid e Barcelona, os espanhóis, donos de um dos campeonatos mais ricos do mundo, voltam seu foco para outra área: o turismo.
A Espanha já faz planos de ter dois milhões de turistas a mais caso venha a promover a principal competição do futebol mundial.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

CRISTIANO RONALDO - Melhor Jogador do Mundo



Existem alguns jogadores sobre os quais não há polémica. Eles nunca enervam nem irritam. Nunca levantam dúvidas ou comentários. E depois existem aqueles que exaltam. Aqueles cujo puro brilhantismo leva o medo ao coração dos seus adversários, e esperança ao coração dos seus admiradores. Jovens de todo o Mundo querem ser como eles ou então vencê-los. São aqueles que nos fazem ter sentimentos fortes. Mas quer os adoremos ou detestemos, quando se chega ao fim da linha, e as evidências continuam a crescer, até os seus piores críticos não podem negar a verdade suprema.



O futebolista internacional português Cristiano Ronaldo , jogador do Manchester United , foi eleito o melhor jogador do Mundo de 2008 pela Federação Internacional de Futebol (FIFA), na Gala do organismo, em Zurique, Suíça.
Cristiano Ronaldo, que já havia ganho a " Bola de Ouro " do France Football, tornou-se o segundo português a arrebatar o troféu, depois de Figo, em 2001 .

Em 2008, o extremo luso, de 23 anos , venceu o Mundial de clubes, a Liga dos Campeões e a Liga inglesa, sendo eleito o melhor jogador da "Champions" (também o melhor avançado) e da "Premiership", provas em que foi igualmente o melhor marcador.

Com os 31 golos apontados na edição 2007/2008 do campeonato inglês, Cristiano Ronaldo conquistou também a " Bota de Ouro ", num ano em que só lhe faltou brilhar pela Selecção das "quinas" (eliminação nos quartos-de-final do Europeu, face à Alemanha). Cristiano Ronaldo tornou-se igualmente o segundo jogador a conquistar no mesmo ano a Bota de Ouro, a Bola de Ouro e o troféu da FIFA , depois do brasileiro Ronaldo, em 1997.

domingo, 4 de janeiro de 2009

EM DEFESA DO DESPORTO

Mais um ano, e todos nós queremos sentir que tudo pode acontecer de outra forma. Deve ser porque o homem tem, necessidade de renascer, de transformar-se para melhor. Talvez queira ter a sensação de que é dono do seu próprio destino, arquitectando dias seguintes e modificações. Mas se pensarmos... Novo ano, velhos pedidos! As mesmas vontades de felicidade, antigos desejos. Desde que me percebo, as pessoas desejam sempre as coisas de sempre... Novas palavras sobre velhos temas. Queremos coisas boas, apenas as desejamos de maneiras diferentes.
Por isso faço pedido diferente, relacionando com o tema do blogue, e surge umas palavras de Jorge Olimpo Bento “Em Defesa do desporto”.


1. A primeira é da autoria de José Manuel Constantino: “O desporto precisa de ser defendido.
Defendido perante os seus desvios. Defendido perante os seus opositores. Essa defesa requer um pensamento crítico e actualizado sobre as suas práticas, sob pena de se acumularem intenções e objectivos que o desporto, supostamente, deveria garantir e que teima em não atingir.
Muitas das posições críticas ao desporto, particularmente incisivas por parte dos novos ascetas do higienismo, repousam no facto de os defensores do desporto permanecerem prisioneiros de perspectivas redutoras e defensivas, que aprisionam o desporto a uma lógica de sentido único, quase que pedindo licença para ocupar o seu espaço.
O espectáculo desportivo e a sua comercialização arrastando fenómenos de perturbação à sua matriz identitária e a desregulação que isso originou alteraram o equilíbrio de muitas das suas teses e interpretações
e desfizeram mitos com os quais muitos anos conviveu.
A defesa do desporto é, também, isso. A avaliação do capital de experiência que a história do desporto acumulou
(...) Um capital de experiência que é contraditório: tem aspectos positivos ao lado de negativos”. Para contribuirmos para a defesa do desporto, para o defendermos dos seus desvios e desvarios, assim como dos seus opositores, devemos entender que ele, como qualquer organismo, é dotado de mecanismos endógenos de regeneração. A sua defesa e credibilidade têm que vir de dentro, do esforço daqueles que o pensam, investigam, teorizam e ensinam, organizam e dirigem, praticam e usufruem. Por isso ele deve merecer, de todos quantos perfazem o seu sujeito plural, um esforço constante de renovação e melhoria. Como disse Ortega y Gasset, nós “temos o dever de pressentir o novo”.
2. Aos opositores ao desporto, nomeadamente àqueles que lançam sobre ele a acusação de ser da ordem do efémero e contingente, quero expressar alguma concordância formal e total discordância substancial. Sim, o desporto está aí para cultivar a ética e estética da contingência, a beleza e alegria do contingente e imanente na peripécia que a vida encarna, celebrando tanto o brilho do que nos é dado como a sombra do que nos falta e inquieta. Convida-nos a optar “pelo aperfeiçoamento humildemente tentativo e resignadamente inabalável do que sempre nos parecerá de algum modo imperfeito, em vez de o recusar com desânimo culpável ou de tentar agigantá-lo até que a sua enormidade inumana nos esmague”.
Ao exaltar o contingente ele não impede de apontar para a excelência, entendida não como “a busca de nenhum absoluto (o excelente conseguido será tão contingente como o medíocre rebaixado), mas o afã de ir mais além e aperfeiçoar o que conseguimos (...) embora sem nunca sairmos da limitação que nos define e baliza o sentido a que podemos aspirar”.
3. Muitos mitos alimentam o desporto, tal como a vida. Alguns carecem de ser esclarecidos e quiçá abandonados. Todavia outros são essenciais. Assim devemos ter bem presente a advertência seguinte: “Precisamos de mitos para tornar suportáveis os nossos dilemas irresolúveis. (…) Se fôssemos demolidores irresponsáveis de mitos, rasgaríamos os nossos direitos humanos e começaríamos de novo: repensando o que queremos dizer com vida humana e dignidade humana. Por enquanto, se quisermos continuar a acreditar que somos humanos, e justificar o status especial que nos atribuímos – se, na verdade, quisermos permanecer humanos através das mudanças que enfrentamos -, é melhor não descartar o mito, mas começar tentando viver à sua altura”.
Defender o desporto é, a esta luz, procurar viver à altura do mito desportivo, aproximar-se da concretização dos sentidos, axiomas, fins e ideais que ele aponta. Mesmo sabendo quão difícil é chegar lá.
4. A defesa do desporto exige, portanto, uma nova atitude perante ele. Necessitamos de renovar a maneira de o encarar; de voltar a despertar, nas crianças e jovens, o entusiasmo e a paixão por ele. Urge que o discurso oficial enfatize a substância que ele encerra, o quanto a excelência desportiva é essencial à formação de uma geração moldada pelo desejo de vencer, de transcender defeitos e fracassos, assumir esforços para atingir metas sobre-humanas e evitar o inumano, de não se acomodar a um passado e destino de perdedores crónicos. Não, não chega participar, é imperioso ousar triunfar e não se resignar, mesmo que a derrota bata sucessivas vezes à nossa porta.
Em suma, há que retomar o projecto de um país desportivo, por fora e por dentro, no corpo e na alma, nos sonhos e ambições, nos princípios e convenções.
Mobilizar para o desporto é acordar e envolver o país com uma causa social e cultural.

In BENTO, Jorge Olímpio; CONSTANTINO, José Manuel (2007): Em Defesa do Desporto – Mutações e Valores em Conflito. Coimbra:cEdições Almedina.