quarta-feira, 30 de junho de 2010

ACABOU!!!

Sem surpresa, e com justiça, ganhou a melhor equipa, a Espanha, num jogo em que a selecção nacional foi confrontada com as suas limitações: bem enquanto defendeu o zero, inexistente quando teve de atacar.

Portugal sai do Mundial sofrendo um único golo, mas só tendo marcado (sete) à equipa n.º 105 do ranking FIFA, colocada dois lugares acima do Ruanda. Muito pouco para as ambições faladas. À altura do que este grupo de jogadores vale. Sinceramente, a equipa de Queiroz chegou onde podia e merecia.

O jogo mostrou como o plantel é reduzido e o treinador é avesso ao risco. Hugo Almeida foi retirado quando era preciso jogar para marcar e ao seu lado Simão marcava passo. No entanto, porque devia estar estudado e predefinido, naquela altura tinha de se proceder assim - não havia nada a fazer! Quando tudo é tão cientificamente estudado, à realidade não é permitido atrapalhar. E, portanto, depois de casa roubada, ainda houve tranca à porta (Pepe por Pedro Mendes) antes de ser permitida a entrada de Liedson (que as opções do treinador neste Mundial tão maltrataram sem se perceber a razão).

Quem olhar de forma fria e substantiva para os 90 minutos terá de chegar à conclusão de que a vitória espanhola só foi tangencial porque Eduardo se assumiu como o melhor homem em campo. Defendeu tudo o que podia e reforçou a ideia de que finalmente há na baliza nacional um homem à altura, com qualidade e carácter.

A Espanha honrou o seu estatuto de favorita na posse da bola (60--40), na forma agressiva como entrou em campo, nas oportunidades construídas, na forma como conduziu sempre o jogo. E o seu treinador, Del Bosque, não hesitou quando teve de retirar uma estrela mediática mas de rendimento nulo (Fernando Torres).

A primeira parte de Portugal foi, ainda assim, razoável. O melhor período da equipa! O nervo de alguns jogadores disfarçou a enorme diferença de dinâmica e de potencial futebolístico dos dois conjuntos.

1 comentário:

Anónimo disse...

Enquanto alguns forem para a selecção com o espirito de protagonismo puro e simples e julgarem que estão acima de tudo e todos, nunca conseguiremos ter uma "equipa". Sem equipa e um bom líder não vale a pena andarmos a enganar-nos.